SINPROF-RO denuncia humilhação que professores de Porto Velho passam para obter aposentadoria especial

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A aposentadoria, momento que deveria simbolizar reconhecimento e respeito pelos anos de dedicação ao trabalho, tem se tornado um processo desgastante e humilhante para professores da rede municipal de Porto Velho. Educadores que solicitam aposentadoria especial relatam que precisam percorrer, pessoalmente, todas as escolas onde atuaram ao longo da carreira para coletar declarações que comprovem o tempo de efetivo exercício em sala de aula, exigência que tem gerado revolta e sofrimento na categoria.

Frente às denúncias e cobranças do Sindicato dos Professores no Estado de Rondônia (SINPROF-RO), uma reunião foi realizada com a presença de representantes da administração municipal e da previdência do município. Participaram do encontro o Secretário adjunto da Secretaria Municipal de Administração (Semad), Ambrósio Reis, o representante do Instituto de Previdência do Município de Porto Velho (IPAM), Orisvaldo Bezerra, o Secretário adjunto da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Walter Aparecido, acompanhado de sua equipe técnica.

“É inadmissível que um professor, após décadas de serviço, precise implorar por documentos que deveriam ser automaticamente registrados e fornecidos pela gestão. Essa responsabilidade é da Semad e da Semed, não do servidor”, enfatizou o professor Joelson Queiroz, secretário geral do SINPROF-RO.

Um ponto crucial levantado pelo sindicato foi a diferença no tratamento entre gestões. A administração anterior nunca demonstrou interesse em dialogar com o SINPROF para resolver esse problema histórico. Já com a nova administração, a postura mudou completamente.

“Agora estamos sendo ouvidos. Com diálogo, estamos caminhando para uma solução concreta, que será apresentada aos professores em breve”, afirmou a presidente do SINPROF-RO, Elessandra Reis.

Três procuradoras municipais também acompanharam a reunião, o que reforçou a seriedade e a expectativa de encaminhamento efetivo da pauta.

Ao término da reunião, ficou acordado que, no prazo de até 60 dias, uma proposta definitiva será apresentada, com o objetivo de centralizar a emissão dos documentos necessários e eliminar a peregrinação dos professores por antigas escolas.

“O SINPROF-RO vai continuar cobrando e acompanhando todo este processo, até que seja feita justiça e que seja garantido o devido valor a todos os professores que dedicaram anos de suas vidas ao ensino público da capital”, concluiu Elessandra Reis.


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